Candidatos fazem campanha morna, mas com propostas
Como está a campanha no rádio e tevê em Goiânia
A campanha eleitoral de rádio e televisão, em Goiânia, diferentemente de outras capitais, está dentro do limite suportável. A troca de acusações que assusta os eleitores em outras cidades-urbes não é prática adotada em Goiânia. Dos candidatos que disputam o Paço Municipal, apenas um tem destoado do propósito de mostrar projetos ou elencar parte do seu projeto de governo. O liberal Fred Rodrigues, sempre que pode, dá uma atacadinha em seus adversários, não contribuindo, assim com o ambiente democrático das propostas de gestão. Mas paciência…
A bem da verdade, Fred Rodrigues, que representa o ‘bolsonarismo’ em Goiânia, não tem até agora colocado nenhuma de suas propostas e, sua equipe, infelizmente, tem realizado um programa repetitivo, sem nenhuma novidade que possa apreender a atenção do eleitor goianiense.
Mesmo assim não se pode culpar o candidato, talvez, o erro esteja mesmo na sua equipe de marqueteiros, de estrategistas, que preferiu atacar, cutucar, seus adversários, inclusive, com críticas desnecessárias, como, por exemplo, o uso das coligações. Fred critica Adriana Accorsi, do PT e, também, Sandro Mabel, do União Brasil, por reunir uma amplo arco de legendas em torno de suas candidaturas.
É preciso levar em conta que o sistema político brasileiro possibilita essas coligações, o que confere até mesmo um certo espírito democrático na disputa eleitoral. Fred perde tempo com isso e perde tempo em não apresentar suas propostas.
Sandro Mabel, o último a colocar o bloco na rua, a entrar na disputa, de fato, conseguiu, com seus programas, recheados de propostas, alcançar os que lideram as pesquisas, Adriana Accorsi e Vanderlan Cardoso, este do PSD, que agora vivem um empate técnico com Sandro.
A ainda tímida na apresentação de propostas, embora tenha apresentado várias delas, é Adriana, que se mostra preocupada com a área de Educação, tanto que promete uma atenção maior para o setor, inclusive, com a oferta de novas e mais vagas nos CMeis.
Em sua campanha. Aproveita para alfinetar a atual gestão do prefeito Rogério Cruz, mas sem ser rancorosa como está sendo Fred Rodrigues.
O jornalista Matheus Ribeiro, do PSDB, também, apresenta propostas, mas sempre que pode provoca a atual gestão, do prefeito Rogério Cruz, candidato à reeleição pelo Solidariedade, e parte dos seus adversários. Matheus, como cristão novo na política, mesmo assim revela não ser rancoroso, nem preocupado com o telhado de vidros dos outros candidatos.
O programa eleitoral esquece outras candidaturas, de fato não as contempla, devido a representação no Congresso Nacional, mas um erro quando se fala em democracia. Outros candidatos, com propostas, não apresentam suas ideias, porque, infelizmente, não têm voz nos veículos de comunicação, quando muito, podem fazer suas campanhas nas redes sociais. Um contrassenso, tendo em vista, que podem ocupar as redes sociais, mas não podem e não ganham espaço nos programas de rádio e televisão.
Não se sabe se o nível dos programas vão permanecer dessa forma, já que, se alguns não conseguirem convencer seus eleitores, podem optar por um caminho mais de ataque, como geralmente ocorre, sempre, nos dias finais da disputa. Mas e continuar assim, lógico, que ganha é o eleitor, que passa a conhecer seus candidatos, justamente por apresentarem propostas exequíveis e necessárias para a democracia.
Diferentemente, nas redes sociais, as campanhas têm sido um pouco diferente. Mais ácidas, com mais ataques, principalmente, por parte da militância de cada candidato. Mas aí já é uma outra análise posterior.