Política

A indefinição chamada ‘Pablo Marçal’

Longe de ser derrotado, o candidato-coach deixa uma dúvida política no ar

Coach, contestado por todos os cantos da sua liderança ‘divina’, Pablo Marçal, ficou em terceira colocação nas eleições que disputavam o comando da maior prefeitura da América Latina, a de São Paulo. Mesmo não indo para o segundo turno, Pablo Marçal não pode ser visto como um ‘derrotado’. Pelo contrário. Marçal fez água e ameaça a liderança de alguns líderes da direita brasileira, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Pablo Marçal jurava que iria para o segundo turno. Mais, que venceria ainda no primeiro turno das eleições. Mas, tirando as alucinações que qualquer coach tem no início ou na consagração de sua liderança, Pablo Marçal cometeu erros que a política não aceita. Um deles, a autossuficiência de que serei o ‘eleito’ e desprezando qualquer boa ciência da política, que prega que cautela e caldo de galinha fazem bem a qualquer um.

Marçal desprezou a força política do PT no seu maior reduto eleitoral, favorecendo Guilherme Boulos, como, também, desprezou a força política de Ricardo Nunes, com a sua máquina administrativa. E desprezou ainda a força política de Jair Bolsonaro, que apoiava e apoia Ricardo Nunes prefeito de São Paulo.

A grande lição de tudo isso serve, também, para o PT, que acredita na reeleição de Lula nas eleições de 2026. A verdade é que Lula deverá passar por uma dificuldade maior do que a que passou nas eleições de 2022, que o sagrou presidente do Brasil no seu terceiro mandato. Lula deverá, pelos resultados das eleições de São Paulo, enfrentar um bolsonarismo cada ves mais forte e com sede de voltar ao poder.

Só pensa o contrário quem não quer enxergar a realidade, nua e crua, como ela é.

E como em política tudo dá as suas voltas, o ‘bolsonarismo’ poderá eleger Pablo Marçal como o candidato que poderá derrotar Lula em 2026. Muita água ainda vai passar por baixo da ponte.

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