Faltaram regras no debate da TV Cultura
Essa é a verdade. A pouca quantidade de regras adotada pela TV Cultura, que realizou um debate entre os prefeitáveis de São Paulo, foi a responsável pela ‘cadeirada’ do candidato José Luiz Datena no adversário Pablo Marçal. De fato, não havia uma regra sobre as provocações baratas do candidato do PRTB, Pablo Marçal, coach e goiano de nascimento.
O certo é que deveria haver uma cláusula para limitar ou coibir de fato as agressões verbais feitas por Pablo Marçal ao jornalista-candidato Luiz Datena. As provocações, insistentes, foram as responsáveis pela agressão desferida contra o coach, que quer ser prefeito da maior capital do País.
Há regra para réplicas, tréplicas, mas não há regras para provocações chulas, conteúdos de fake news e outras artimanhas utilizadas por candidatos que não têm nenhuma proposta, nada a apresentar, a não ser distorções da realidade ou mentiras com o intuito de manipular a atenção do eleitor.
O erro, portanto, é de quem organizou o debate e não instruiu o mediador a avisar sobre as não provocações e, também, aos não conteúdos mentirosos, caso persistissem, seus autores seriam advertidos e, numa punição maior, expulsos do debate.
A punição maior, dada a Luiz Datena, não corresponde à verdade da causa principal da ‘cadeirada’, que foi, de fato, ou foram as insistentes e reiteradas provocações de Pablo Marçal, um recém-cristão, que adotou a política ou a disputa eleitoral como uma ferramenta para aumentar seus likes ou o seu engajamento nas redes sociais.
Lógico que ninguém tem sangue de barata a ponto de aguentar adjetivos ou palavras chulas, provocativas, e sem razão no momento. No seu tempo, dado pelo apresentador, Pablo Marçal desviou do foco e não respondeu as perguntas e quando lhe foi dada a oportunidade de formular algumas delas, não o fez. Usou do tempo para manipular e agredir o adversário.
Se punição fosse a melhor opção, essa deveria ser dada, também, para quem organizou o debate e deixou as ‘coisas rolarem’, como rolou.